Pólipos constituem a segunda causa mais frequente de sangramento retal/ hemorragia digestiva baixa em crianças de 2 a 12 anos (a primeira sendo constipação/ fissura anal).
Pólipos juvenis solitários ou esporádicos são os tipos de pólipos mais comuns em crianças, são hamartomatosos e limitados ao cólon. Pólipos hamartomatosos são malformações das glândulas e do estroma; a lâmina própria constitui sua maior parte e, em geral não têm potencial de malignidade. A apresentação mais comum é com sangramento retal/ hemorragia digestiva baixa, tipicamente em pequenas quantidade e vista com a evacuação. Pico de incidencia: entre 2 e 5 anos.
Apesar da nomenclatura pólipos juvenis “solitários”, considera-se que até número de 5 pólipos, eles podem são considerados pólipos juvenis solitários/isolados. De fato, 50% das crianças com Pólipos juvenis têm mais de 1 pólipo.
Baixo risco de recorrer (alguns relatos de até 17%), sem risco de câncer.
Mais frequentes no hemicolon esquerdo (transverso distal, descendente, sigmoide e reto).
Há consenso de que não há indicação de repetir colonoscopia rotineiramente.
A síndrome de polipose juvenil tem herança autossômica dominante, em 40-60% com mutação genética conhecida – SMAD4 e BMPR1A (PTEN). Ha pouca relação genótipo/fenótipo. Com risco aumentado de câncer, com idade média de 40 anos: 3-4% dos pólipos pediátricos tem alterações displasicas, mas câncer não é descrito antes dos 20 anos. Qualquer número de pólipos caracteriza síndrome de polipose juvenil se hsitoria familiar presente (não precisa preencher o critério de 5), ou se pólipos hamartomatoso em topografia não usual. Pacientes assintomáticos com diagnóstico genético: screening recomendado em idade de 12-15 anos, presença de pólipos > 10 mm indica necessidade de repetição de screening em 1-5 anos (a depender da histologia).
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